Este blog tem por objetivo interagir com os alunos, deixando material e atividades complementares às aulas e pequenos recados aos mesmos.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Mercantilismo
1) Conceito - chamamos de mercantilismo um conjunto de idéias e práticas econômicas desenvolvidas pelos Estados europeus entre os séculos XV e XVIII e que visavam fortalecer o Estado economicamente e as classes que o apoiavam; 2) princípios ou idéias: a) Metalismo - um país é considerado rico e poderoso se acumulasse o máximo possível de metais preciosos - ouro e prata, pois estes metais eram aceitos em qualquer lugar do planeta. Este princípio era o mais importante do mercantilismo e todos os demais, em maior ou menor grau, giravam em torno dele; b) balança comercial favorável - um país dever exportar mais do que importar, ou seja, ficaria um saldo positivo a favor do mesmo, e este saldo garantiria um acúmulo de metais preciosos no país; c) protecionismo alfandegário - o Estado criava impostos para se importar mercadorias e proteger as mercadorias nacionais da concorrência estrangeira, favorecendo a balança comercial favorável e o princípio do metalismo; d) monopólio de comércio - o Estado garantia somente a companhias de comércio, controladas pela burguesia, o privilégio de somente elas comercializarem determinados produtos, dentro do país, entre os países ou entre o país colonizador (metrópole) e o país colonizado; e) colonialismo - cada país colonizador (metrópole) procurava reservar para si uma área de comércio exclusivo (pacto colonial) que pudesse, caso fosse possível, fornecer outro e prata. Enfim, estes são os princípios gerais do mercantilismo, que variam de historiador para historiador. Cada país criou um mercantilismo próprio (vide livro-texto).
Revoluções Inglesas
1) Conceito - chamamos de Revoluções Inglesas (alguns historiadores preferem chamar no singular - Revolução Inglesa - por acharem que elas fazem parte de um único processo) um série de Revoltas ocorridas na Inglaterra no século XVII, chamadas genericamente de Revolução Gloriosa e Revolução Puritana (vide livro-texto) e que tem como significado histórico, a limitação do poder absolutista inglês pelo parlamento, formando a chamada monarquia parlamentar ou constitucional, onde o poder absolutista dos reis ingleses foram limitados pelo parlamento. Esta é uma diferença fundamental com o absolutismo francês por exemplo, onde o poder do rei, pelo menos por um certo tempo, não conheceu limites.
Absolutismo monárquico ou monarquias absolutistas
1) Conceito - chamamos de absolutismo monárquico, um processo de centralização do poder nas mãos do rei, iniciado com a formação das monarquias nacionais - união entre o rei e a burguesia, entre os séculos XV e XVIII, na Europa; 2) Teorias - estas teorias ou idéias são justificativas para o poder absoluto dos reis. São basicamente duas: 1ª) do poder divino dos reis - o poder do rei é sagrado, vem de Deus e portanto, ele está acima das leis, daí seu poder ser absolutos, amplo, teoricamente sem nenhuma espécie de controle, pois o rei deveria justificar seus atos apenas perante Deus. Defendiam esta teoria os pensadores Jean Bodin e Jacques Bossuet; 2ª) do contrato ou do pacto social - o pensador Thomas Hobbes era um dos defensores desta teoria. Segundo ele, os homens, por motivos diversos, viviam em constante estado de guerra ("o homem é o lobo do homem",segundo ele). Para diminuir este problema, os homens cederiam suas liberdades individuais ao monarca (rei) para que ele garantisse a tranquilidade social entre eles, numa espécie de contrato entre os homens e o rei. Atribui-se ao rei francês Luís XIV, conhecido como o "rei Sol", a frase: "O Estado sou eu". Esta frase seria marcada na História como um sinônimo do Estado Absolutista. Observação: na Inglaterra, o poder absolutista foi limitado pela luta entre os reis ingleses e o parlamento, que limitou o poder do rei, formando a chamada monarquia parlamentar ou constitucional, onde o poder do rei é limitado por uma Constituição.
Reforma Protestante ou Religiosa
1) Conceito - chamamos de Reforma Religiosa ou Protestante uma série de reformas na religião católica, na Europa, no século XVI, devido, dentre inúmeras outras coisas, ao mau comportamento de seus membros, como a venda de indulgências(perdão dos pecados) para a reconstrução da basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo papa; 2) Processo histórico - iniciou-se na Alemanha, com Martinho Lutero, que criticou a venda de indulgências, entrando em conflito com o papa Leão X. Adquiriu variações próprias em cada país europeu, de acordo com suas condições históricas. Na França, por exemplo, João Calvino criou a ideologia da predestinação, segundo a qual o ser humano nasce predestinado por Deus à salvação (céu) ou danação (inferno). A riqueza material e a prosperidade econômica seriam um sinal de salvação. A burguesia, classe ligada ao comércio e às finanças, recebeu bem as idéias de Calvino e muitos se converteram ao calvinismo, pois este não proibia o lucro e a usura. A Igreja católica, ao contrário, ameaçava com a excomunhão estas práticas econômicas. Muitos reis apoiaram, disfarçadamente ou não, a Reforma Protestante, pois esta seria uma forma de combater o poder da Igreja católica em seus reinos, inserindo-se a Reforma no contexto político de fortalecimento do poder do rei - o absolutismo monárquico.3) Venda de indulgências (venda do perdão dos pecados) - a Igreja precisava reformar a basílica de São Pedro, em Roma, e procurou arrecadar dinheiro vendendo o perdão dos pecados na Europa. Um clérigo ficou famoso na época, pela seguinte frase "Quando o dinheiro cai na sacola, uma alma para o ceú decola".
domingo, 1 de junho de 2008
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